YANNI DANNIELY - CAICÓ/ RN
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Um dia, Alfredo acordou em uma véspera de Natal, muito contente, pois uma data muito importante estava para chegar.
Era o dia do aniversário do menino Jesus, e é lógico, o dia em que o Papai Noel vinha visitá-lo todos os anos.
Com seus cinco aninhos, esperava ansiosamente o cair da noite, para voltar a dormir e olhar o seu pé de meia que estava frente a porta, pois não tinha árvore de Natal.
Dormiu muito tarde, para ver se conseguia pegar aquele velhinho no flagra, mas como o sono era maior do que sua vontade, dormiu profundamente.
Na manhã de Natal, observou que seu pé de meia não estava lá, e que não havia presente algum em toda a sua casa.
Seu pai desempregado, com os olhos cheios de água, observava atentamente ao seu filho, e esperava tomar coragem para falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração o chama:
- Alfredo meu filho, venha cá!
Mas antes mesmo do Pai poder falar...
- Papai
- Pois não filho
- O Papai Noel se esqueceu de mim...
Falando isso, Alfredo abraça seu pai e os dois se põem a chorar, quando Alfredo fala:
- Ele também esqueceu do senhor papai
- Não meu filho. O melhor presente que eu poderia ter ganho na vida está em meus braços, e fique tranquilo pois eu sei que o papai Noel não esqueceu de você.
- Mas todas as outras crianças vizinhas estão brincando com seus presentes...
- Ele pulou a nossa casa...
- Não pulou não... O seu presente está te abraçando agora, e vai te levar para um dos melhores passeios da sua vida!
E assim, foram para um parque e Alfredo brincou com seu pai durante o resto do dia, voltando somente no começo da noite.
Chegando em casa muito sonolento, Alfredo foi para o seu quarto, e escreveu para o Papai Noel:
Querido Papai Noel, Eu sei que é cedo demais para escrever e pedir alguma coisa, mas quero agradecer o presente que o senhor me deu. Desejo que todos os Natais seja como esse, faça com que meu pai esqueça de seus problemas, e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de hoje.
Obrigado pela minha vida, pois descobri que não são com brinquedos que somos felizes, e sim, com o verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta nos Natais.
De quem te agradece por tudo, Alfredo.
E foi dormir...
Entrando no quarto para dar boa-noite ao seu filho, o pai de Alfredo viu a cartinha, e a partir desse dia, não deixou que os seus problemas afetassem a felicidade dele, e começou a fazer que todo dia fosse um Natal para ambos.
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