YANNI DANNIELY - CAICÓ/ RN

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domingo, 23 de outubro de 2011



Quando eu ainda estava em fase de crescimento, ficava constrangido em
ser visto com meu pai. Ele sofria de grave deficiência física e era muito baixo. Quando caminhávamos, apoiava a mão em meu braço para se equilibrar.
As pessoas nos olhavam muito. Eu me contorcia por dentro diante desta atenção indesejada. Se meu pai algum dia notou isso, nunca o demonstrou.

Era difícil coordenar nossos passos - os dele vacilantes, os meus impacientes - e por essa razão não falávamos muito no caminho. Mas quando saímos, ele sempre dizia:
- Ande em seu ritmo. Vou procurar adaptar-me a ele.

Nossa caminhada normal limitava-se a ir até o metrô ou voltar dele, pois
essa era a sua condução para o trabalho. Ele ia trabalhar mesmo doente
e a despeito do mau tempo. Quase nunca faltava e chegava ao escritório mesmo quando outros não conseguiam. Uma questão de orgulho.

Quando o solo estava coberto por neve ou gelo, era-lhe impossível andar, mesmo com ajuda. Nessas ocasiões, minhas irmãs ou eu o puxávamos pelas ruas do Brooklyn, Nova York, num trenó até a entrada do metrô. Uma vez,
lá, ele se agarrava ao corrimão até alcançar os degraus mais baixos, mantidos livres do gelo pelo ar quente do túnel. Em Manhattan, a estação
do metrô ficava no subsolo do prédio do escritório dele, e só precisava tornar a sair quando se encontrasse conosco a caminho de casa.

Atualmente, quando penso nisso, fico assombrado diante da coragem necessária a um homem para submeter-se a tal indignidade e estresse -
sem amarguras ou queixas.

Nunca falava de si como objeto de piedade, nem demonstrava qualquer inveja dos mais afortunados ou capazes. O que procurava nos outros era
um "bom coração" e, se o encontrava, seu dono lhe parecia bom.

Hoje, mais velho, acredito que seja esse um bom padrão para julgarmos as pessoas, embora não saiba exatamente o que é um "bom coração". Entretanto, percebo quando não demonstro ter um.

Sem poder exercer muitas atividades, meu pai ainda assim procurava participar. Quando um time de beisebol, jogando em terreno baldio, ficou
sem dirigente, ele assumiu a chefia. Era apreciador e entendia de beisebol. Levou-me muitas vezes ao estádio para ver os jogos. Gostava de ir a
festas e bailes, onde se divertia só de ficar sentado, observando.

Ele já se foi há muitos anos, porém penso muito nele. Pergunto se teria sentido minha relutância em ser visto com ele durante nossas caminhadas. Se sentiu, tenho pena de nunca ter lhe dito o quanto me arrependi, como
fui indigno, como o lamentei. Penso nele quando reclamo de acontecimentos triviais, quando invejo a boa sorte dos outros, quando não tenho "bom coração".

Nessas ocasiões, imagino-me pousando a mão no seu braço, para recuperar meu equilíbrio, dizendo:
- Ande em seu ritmo. Vou procurar adaptar-me a ele.

Bom dia!!!



uma abençoada semana!!



A cidade do remorso

Estou começando minha viagem.
Já sabia com antecedência que esta viagem seria desagradável e que não resultaria em nada realmente bom. Estou falando da minha anual
"Viagem de Culpabilidade".

Eu consegui passagens até lá através da DESEJOS QUE EU TIVE linhas aéreas. Seria um vôo extremamente curto. Eu pequei minha bagagem, que eu não pude verificar. Resolvi levá-la comigo por toda a viagem. Estava pesada com as mil memórias que poderia ter tido. Ninguém me saudou quando entrei no terminal do Aeroporto Internacional da Cidade do Remorso. Eu digo internacional porque pessoas do mundo inteiro vêm para esta triste cidade.

Quando cheguei no hotel ÚLTIMO RECURSO, notei que eles estariam hospedando o mais importante evento do ano, a festa anual da PIEDADE.
Eu não poderia faltar àquela grande ocasião social. Muitos dos principais cidadãos da cidade estariam lá.

Primeiro, chegou a família PRONTO, você os conhece, são os DEVERIA TER, IRIA TER E PODERIA TER. Depois veio a família TIVE. Você provavelmente conhece a madame VONTADE e seu clã. Claro, os OPORTUNIDADES também estariam presentes, o FALTANDO e a PERDIDA. A maior família presente seria a ONTEM. Existem muitos deles para contar, mas cada um teria uma história muito triste para compartilhar.

SONHOS QUEBRADOS seguramente apareceria. E a A CULPA É SUA nos regalaria com histórias (desculpas) sobre como as coisas falharam em sua vida, e cada história seria calorosamente aplaudida por NÃO ME RESPONSABILIZE e por NÃO PUDE AJUDAR.

Bem, resumindo a história, eu fui a esta festa deprimente sabendo que não existiria nenhum benefício real em fazer isso. E, como sempre, fiquei muito deprimido. Mas quando pensei sobre todos as histórias de fracassos que traziam o passado de volta, me ocorreu que toda esta viagem e a subseqüente "festa da piedade" poderia ter sido cancelada pelo EU!

Comecei a perceber que eu não tinha que estar lá. Eu não tinha que ficar deprimido. Uma coisa ficou passando por minha mente, eu NÃO POSSO MUDAR O ONTEM, MAS TENHO O PODER PARA FAZER DO HOJE UM DIA MARAVILHOSO. Eu posso ser feliz, alegre, realizado, encorajado, como também encorajador. Sabendo isto, eu deixei a Cidade do Remorso imediatamente e parti sem deixar endereço.
Eu sinto muito pelos erros que cometi no passado?
SIM! Mas não existe nenhum caminho físico para desfaze-los.

Então, se você estiver planejando uma viagem para a Cidade do Remorso, por favor cancele todas as suas reservas agora. Ao invés disso, faça uma viagem para um lugar chamado COMEÇANDO NOVAMENTE. Eu gostei tanto que estou pensando em ter residência permanente lá. Meus vizinhos, os EU ME PERDÔO e os NOVOS COMEÇOS são muito prestativos.

A propósito, você também não tem que carregar bagagem pesada, porque a carga é retirada de seus ombros logo na chegada. Deus lhe abençoe para que encontre esta grande cidade. Se você puder acha-la - está em seu próprio coração - por favor faça-me uma visita.

Eu moro na rua EU POSSO FAZER ISTO.

Bom dia!!!



Twitter: @yannicaico



Existe um tipo de caranguejo que não pode ser pego - é ágil e inteligente o suficiente para sair de qualquer armadilha de caranguejo. E ainda assim, estes caranguejos são pegos aos milhares todo dia, graças a uma particular característica humana que eles possuem.

A armadilha é uma gaiola de arame com um buraco no alto.
Uma isca é colocada no fundo da gaiola e a gaiola é colocada debaixo d'água. Um caranguejo se adianta, entra na gaiola e começa a mastigar a isca. Um segundo caranguejo junta-se a ele. Um terceiro... Banquete para caranguejo. Yummm. Eventualmente, porém, toda a isca se foi.

Os caranguejos poderiam facilmente subir pelo lado da gaiola e sair pelo buraco, mas eles não o fazem. Eles ficam na gaiola. Outros e outros caranguejos vêm e juntam-se eles - muito depois da isca ter acabado.

Se um dos caranguejos percebe que não existe nenhuma razão para ficar na armadilha e tenta partir, os outros caranguejos unem-se contra ele e o param. Eles repetidamente o puxarão do lado da gaiola. Se ele persiste, os outros arrancarão suas garras para impedir o alpinismo. Se ele ainda persistir, eles o matarão.

Os caranguejos - por força da maioria - ficam juntos na gaiola.
A gaiola é arrastada e é hora do jantar no cais.

A diferença principal entre estes caranguejos e os humanos é que estes caranguejos vivem na água e os humanos na terra.

Qualquer um que tem um sonho - um que poderia coloca-lo fora do que ele percebesse ser uma armadilha - tem que melhor se precaver com os habitantes das mesmas categorias de armadilha.

Os caranguejos humanos normalmente não usam força física - embora eles certamente não a descartam. Eles geralmente não precisam disto. Eles têm métodos mais efetivos à mão e na boca - insinuação, dúvida, ridicularização, irritação, escárnio, sarcasmo, desprezo, zombaria, depreciação, humilhação, insulto, provocação, mentira, calúnia e dúzia de outros não listados em nossas enciclopédias.

O caminho para lidar com tais pessoas é o mesmo método usado pelo caranguejo Jonathon, no livro "Jonathon Joffrey Crab on his clan", que conhecendo os perigos da tentativa de sair da gaiola, disse,
- Ei! Isto é divertido! Que bela reunião de caranguejos! Esperem um pouquinho que eu só vou chamar mais alguns! E ele saiu para a liberdade.

Nossa sugestão: mantenha os caranguejos longe de suas metas.

Aproveite!!!

Bom dia!!!






Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.

- Pois viva como as flores!, advertiu o mestre.

- Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.

- Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.

É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.

Isso é viver como as flores.


É o melhor que temos a fazer
é seguir o conselho e viver como as flores,
que alem de belas são uma boa companhia.



Era uma vez um menino que sentiu vontade de ser bem grande e resolveu procurar alguém que pudesse lhe ensinar como fazer para ser grande, importante.

Foi andando, andando e, de repente, parou diante de uma árvore enorme e perguntou:
- O que você faz para ser tão grande?
- Eu dou frutas, flores, sombra, purifico o ar, agasalho as aves e minha madeira é muito útil ao homem. Eu sirvo.

O menino continuou sua caminhada, encontrou um grande rio e perguntou:
- E você, o que faz para ser grande?
- Eu levo barcas, abasteço de água as populações, irrigo as terras e forneço inúmeras espécies de peixe. Eu sirvo.

Aquele menino continuava perguntando e prestando atenção às informações e ia crescendo com todas as respostas que ouvia:

Da professora - para que a geração jovem aprenda ética, cidadania e tenha educação e instrução. Eu sirvo.
Do médico - para que o homem seja saudável na mente e no corpo. Eu sirvo.

Do religioso - para construir uma comunidade de irmãos, filhos de Deus, que saibam repartir o pão. Eu sirvo.
Do policial rodoviário - na orientação aos motoristas, na disciplina e na segurança do trânsito e na prevenção do acidente. Eu sirvo.

Do agricultor - respeitando o meio ambiente e cultivando espécies variadas de alimentos para que ninguém passe fome. Eu sirvo.

Do jornalista - para comunicar tudo com clareza e levar informações exatas e atualizadas ao leitor. Eu sirvo.
Do coletor de lixo - para que a cidade se mantenha com higiene e limpeza. Eu sirvo.


E o menino não parou, foi perguntando, perguntando e pensando chegou às conclusões:
- Tudo só é grande quando serve;
- Tudo só é importante quando é útil;
- Tudo só é necessário e essencial quando, de alguma forma, constrói um mundo melhor.

Ele entendeu e ficou feliz com o que conheceu.

- Quando eu crescer também quero ser grande e vou começar hoje a servir, seja em casa, na escola, na rua, porque para Deus grande é quem serve e quem pensar o contrário, ou está desinformado ou quer desinformar.

E você o que faz para ser grande? Não responda agora,
pense, reflita, olhe pra dentro de você...sem medos,
sem cobranças. Você vai entender as razões...

Bom dia!

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